Piranguinho

 

 

Piranguinho iniciou sua história no final do século XIX. Ainda que muitos estudiosos focalizem o papel do café como único responsável pelo surto desenvolvimentista, sabe-se atualmente que a economia brasileira mostrava uma significativa diversificação.
 
A região onde atualmente se localiza o município de Piranguinho, até meados do século XIX, era propriedade de Leocádia de Lourenço. Com os anos, a localidade acabou se tornando alvo de interesse por parte das autoridades responsáveis em desenvolver o projeto "Rede Mineira de Viação". Tal empreendimento visava à construção de uma estrada - de - ferro que ligasse Itajubá a Santa Rita do Sapucaí, estendendo a malha ferroviária a outras regiões do estado.
 
Dessa forma, inúmeros barracos de madeira e casas de pau -a -pique foram surgindo em torno da estrada para abrigar os trabalhadores da estrada de ferro, dando origem, assim, a uma pequena povoação.
 
Até 1913, o arraial conseguiu adquirir uma notável infra-estrutura: inaugurou-se sua primeira escola, construiu um cemitério e adquiriu água encanada e luz elétrica. Neste ano, Piranguinho transformou-se em Distrito, inaugurando seu primeiro Cartório de Paz. Em 1954, iniciou o processo de construção da rodovia que ligaria Itajubá a Poços de Caldas.
 
Já nos anos de 1960, iniciava um movimento de emancipação de Piranguinho: no mês de dezembro de 1962 criou-se então o município cuja sede foi elevada à cidade. Em 1963, houve a solenidade de instalação e, neste mesmo ano, ocorreu a primeira eleição municipal.
 
Na década de 1990 o movimento comercial já mostrava sinais de maior desenvolvimento devido ao aumento populacional urbano. Atualmente, a cidade abriga um significativo número de estabelecimentos – que inclui desde farmácias, supermercados, salões de esporte, postos de abastecimento, industrias alimentícias, de móveis e componentes elétricos, há postos de saúde – além de ruas calçadas e arborizadas. O sistema de ensino expandiu e, hoje, apresenta escolas de Ensino Fundamental, Médio e Superior.
 
Piranguinho, gradualmente, vem conseguindo expandir sua economia. Economicamente, o município destaca-se na agropecuária, extração vegetal e pesca. A indústria, ainda em processo de desenvolvimento, assim como muitos estabelecimentos comerciais. Outra produção de destaque é a de doces: conhecida nacionalmente como capital do pé de moleque, Piranguinho produz uma grande quantidade dessa iguaria consumida em todo o território nacional. Em 1º de abril de 2009, o processo artesanal de produção do pé de moleque de Piranguinho foi declarado “Patrimônio Cultural do Estado de Minas Gerais” pela Lei Estadual 18.057.